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Dois dias antes de ser assassinada, Marta Gouveia dos Santos, de 37 anos, teve duas brigas com o filho Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, de 18 anos. O rapaz foi preso na quinta-feira (3), como principal suspeito do crime, que ocorreu em Nova Andradina, a 298 quilômetros de Campo Grande. Ele pode ter planejado a morte da mãe.

Conforme informações do Jornal da Nova, as brigas teriam ocorrido nos dias 21 e 22 de janeiro. Um dos motivos seria que Marta Gouveia planejava ir embora da cidade e não levar Matheus com ela. Marta chegou a ir na casa de um familiar e desabafado sobre a briga.

Na quebra de sigilo telefônico, foi descoberto que dias antes da morte, Matheus teria colocado o chip dele no celular da mãe e no dia do crime, por volta das 8h20, tirou e colocou no aparelho dele, por volta das 13h30, demonstrando que pode ter planejado o crime.

Durante as investigações, Matheus teria dito à polícia que ele era fruto de um amor proibido da mãe. Ele é filho do primeiro casamento de Marta.

Investigação

Matheus foi preso na tarde de quinta-feira (03), no quartel de Aquidauana, onde fazia teste para uma vaga. Desde o dia do crime, a Polícia Civil já investigava o suspeito pelas atitudes durante os depoimentos.

O aparelho celular dele foi um dos pontos chaves para a descoberta de conversas e localizações durante o crime e pós-assassinato. Marta enviou no domingo (23), por volta das 5h45, mensagem para uma amiga dizendo que iria pedalar e tinha combinado de almoçar com ela naquele dia. Assim que a amiga acordou, por volta das 7h45, enviou mensagens para Marta, que não chegaram.

A mulher estava há cerca de 15 dias sem pedalar e quem sabia que ela voltaria naquele domingo, seria o filho e a amiga, com quem confidenciava.

Matheus chegou a participar das buscas depois do desaparecimento da mãe, chegando a passar pelo local onde o corpo foi encontrado depois. Também esteve presente no passeio ciclístico como homenagem à mulher. Tudo para não levantar suspeita sobre ele.

O rapaz passou por audiência de custódia com a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira e o Promotor de Justiça Fabricio Secafen Mingati no final da tarde desta sexta-feira (4). A juíza decretou prisão preventiva.

O advogado do jovem entrou com pedido de revogação da prisão, mas foi negado. A audiência ocorreu por videoconferência. O suspeito teria conversado por aplicativo de mensagem com um amigo. A conversa seria sobre os detalhes do assassinato de sua mãe, publicou o site Jornal da Nova. As conversas já estão nos autos como prova. Após o crime, o jovem postou uma mensagem de luto em relação à mãe: